Metroids ExterminationGrafismo: A nível gráfico, Zero Mission está bastante interessante. Os cenários encontram-se bem caracterizados, havendo uma grande diferenciação entre as várias zonas do planeta Zebes (locais de lava, cavernas com tons mais escuros…) e os inimigos não ficam atrás, estando presentes em grande quantidade e variedade, havendo um óbvio destaque para os belíssimos bosses. A própria Samus está soberba e a animação nos combates é bastante agradável aos olhos, com uma significativa variabilidade de efeitos e cores.
Jogabilidade: O ponto mais forte de Zero Mission, sem dúvidas. Uma mecânica simples, mas que encaixa perfeitamente no formato portátil do GameBoy Advance. Um excelente shooter que dá prazer jogar de início ao fim. Temos vários poderes ao serviço de Samus que vamos adquirindo à medida que completamos o jogo, entre os quais se encontram a popular Morph Ball (necessária para passagens mais baixas), os raios de gelo (mais poderosos que os raios originais e que permitem congelar inimigos, sendo bastante úteis em vários casos), o Speed Booster (que nos permite atingir altas velocidades, o que leva à destruição de blocos e inimigos), entre muitos outros. De referir que além da vertente shooter, Zero Mission também nos incita à resolução de alguns puzzles e exploração de passagens escondidas. Para finalizar o campo da jogabilidade, refiro as sequências de acção furtiva que o jogo toma numa determinada altura da aventura, que embora não sendo tão apelativas como a vertente shooter, são igualmente divertidas.
Som: Na componente sonora, Zero Mission também dá cartas. Dotado de temas que se adaptam bastante bem ao ambiente de jogo, este título proporciona-nos momentos que nos incitam a parar de jogar apenas para apreciarmos as belas melodias da aventura (dou especial destaque ao tema de Kraid). Os efeitos sonoros também se encontram a um bom nível, já que são bastante realistas e dão um toque intenso à batalha.
Nota: Metroid: Zero Mission é uma excelente proposta no catálogo do GBA. Uma experiência intuitiva e divertida, que peca principalmente no facto da aventura ser muito curta, mas ainda assim, esperem uma experiência desafiante, chegando a ser frustrante se jogarem no modo mais difícil. Destaque também para um grande extra que recebemos ao completar a aventura: o Metroid original da NES, que apesar de não ser tão agradável de jogar como Zero Mission, merece uma vista de olhos, quer seja pela curiosidade de conhecer uma das grandes obras de 1986, quer seja simplesmente pela sensação de nostalgia. Em suma, Metroid: Zero Mission é uma experiência que merece a vossa atenção.
Avaliação final: (+)
Um mundo diferente? Uma obra de arte? Um jogo? Okami...
Obras inocentes com um ambiente sereno, melodias humildes e gráficos simples parecem ser cada vez mais raras nos dias de hoje. A pureza doutros tempos veio dar lugar a títulos cada vez mais realistas, com temas bastante sonantes dentro da nossa sociedade e que tentam recriar um ambiente duro e intenso, que nos faz reflectir e nalguns casos, sentir emoções. Numa indústria cada vez mais ambiciosa e repleta de ideais futuristas, o único propósito de diversão não basta. Os orçamentos elevados aliados à evolução tecnológica permitem às produtoras criar obras verdadeiramente cinematográficas, capazes de corar alguns filmes de Spielberg.
Vamos, então, a exemplo concretos. Qualquer jogador que se preze conhece, certamente, a saga Metal Gear Solid. Cutscenes longas, mas intensas, aliadas a um ambiente de jogo fabuloso fazem desta série uma jornada verdadeiramente grandiosa, capaz de deixar o jogador mais insensível com uma lágrima ao canto do olho, ao belo estilo de um épico de Hollywood.

Corria o ano de 2005, quando a Valve Software conheceu um projecto universitário, de seu nome Narbacular Drop, que incitava os jogadores a ultrapassar vários enigmas, utilizando uma técnica de portais. Ao deparar-se (e babar-se) com tal conceito, Gabe Newell, o presidente da Valve, integrou os estudantes na sua equipa para que estes, com a ajuda das ferramentas necessárias, pudessem desenvolver o jogo. E foi assim que nasceu Portal.
